A FUMEC E O CENTENÁRIO DA CAPITAL
- Maria Isabel Gomes de Matos
- 17 de out. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 30 de jan. de 2024
Crônica de Yone Passaglia Gomes de Matos, publicada no jornal Degrau em dezembro de 1997.
Dentro de um clima de autêntica euforia e em ritmo acelerado, nota-se entre todos os setores da comunidade belo-horizontina um esforço entusiástico e decidido para que as comemorações do centenário de nossa Capital se transformem num marco de engrandecimento da terra mineira.
Há obras por toda parte: pintam-se prédios, alargam-se avenidas, abrem-se espaços, constroem-se edifícios, reformam-se jardins, promovem-se eventos culturais nas praças, nos teatros, nas galerias. Poetas, compositores, jornalistas, escritores em geral registram a marca do seu talento. Enfim, é a coletividade trabalhando unida para um objetivo comum.
Nesse clima e nesse mesmo ritmo, a Fumec está ultimando as grandes obras que executa dentro de seus muros. Num crescendo que se agiganta, multiplicam-se as salas de aula, instalam-se elevadores, criam-se jardins e novas lanchonetes, amplia-se a biblioteca, erguem-se novos prédios que se interligam por rampas.
Ao ensurdecedor martelar de ferramentas e aspirando o cheiro forte das tintas frescas, operários e alunos se entrecruzam nos corredores apinhados como os dois símbolos do trabalho material e do trabalho intelectual. Além das grandes obras materiais, outras ainda mais notáveis, se processam no campo educacional. É a Fumec em ação, criando novos cursos e oferecendo múltiplas oportunidades aos alunos.
A Faculdade de Ciências Humanas tem como Diretora-Geral a Professora Divina Sebastiana Lara Vivas, uma extraordinária mulher que pôs a força do seu talento e a grandeza de seu coração a serviço da Fumec. A seu lado, como colaboradora eficientíssima, está a Secretária-Geral da Faculdade de Ciências Humanas e coordenadora do Núcleo de Estudos Escola da Terceira Idade (NEETI), Rosália Moreira Consenza, que igualmente não poupa esforços para que tudo caminhe com perfeição.
É sob tal regência que funciona a Escola da Terceira Idade, NEETI, que tem como coordenadora também a Professora Audineta Alves de Carvalho, que reúne, na gentileza de sua pessoa, a habilidade de um exímio político e a doçura de um anjo.
Essa escola, a nossa escola, funciona em regime especial. As aulas não são diárias. Cursos e professores são escolhidos por nós. Não cumprimos etapas profissionalizantes. Não temos outros compromissos senão os que escolhemos. Sentimo-nos em liberdade para questionar ou aplaudir. São as aulas mais agradáveis que se possa imaginar, pois somos coparticipantes. Se nos perguntarem por que estamos aqui, por certo a resposta será: para o enriquecimento intelectual, para a atualizaçao de conhecimentos, para a camaradagem afetiva.
Aqui não há lugar para tristeza, nem para o pessimismo. Na sala só se ouvem vozes alegres, risos ou as músicas do coral, magistralmente regido pela nossa encantadora maestrina Antonieta.
Por tudo isso, nós, as alunas da Escola da Terceira Idade, sentimo-nos felizes em poder parabenizar a Fumec e o NEETI pelas grandes realizações que engrandecem o panorama cultural de Belo Horizonte. E sentimo-nos duplamente felizes por fazê-lo através do seu órgão oficial, o "Jornal Degrau", que tivemos a ventura de fundar, sob o patrocínio de nossa admirável diretora.
Parabéns, Fumec! Parabéns, BH!
