
Maria Isabel Gomes de Matos
Confissão necessária: submeti este site à apreciação prévia de alguns familiares e amigos. Fiquei entusiasmada, pois acharam-no excelente, foram elogios mil! Mas, unanimemente, trouxeram-me uma séria advertência: "É imprescindível uma página sobre você, para que sua voz, que conduz o conteúdo, torne-se mais concreta, situando-a no tempo e no espaço. E essa página deve conter texto e fotos".
Dois impasses criados. Não sabia o que mais deveria acrescentar, além das memórias já inseridas em outras páginas. Então, dois amigos vieram em meu socorro. Disseram-me: "Vamos analisar o site mais detidamente e, a partir do que contém, vamos entrevistar você!" Solução dada.
Para ler a entrevista, clique aqui.
E as fotos? Para atender a esse pedido, sem expor a privacidade de quem quer que fosse, optei por trazer alguns recortes e retratos antigos, que creio ilustram de alguma forma minhas respostas na entrevista e traduzem um pouco dos costumes de 1960-1970, como, por exemplo, a solenidade das "graduações", fossem do pré-primário, piano ou da faculdade, bem como apresentam vislumbres da convivência familiar e social da época.
Torna-se imprescindível uma observação – caso alguém da "geração da internet" por acaso passe por estas páginas. Nos dias atuais – uma maravilha – com apenas um toque no celular podem ser tiradas centenas de fotos em alguns segundos. Entretanto, fotografias não eram assim algo tão simples e corriqueiro no nosso dia a dia daqueles tempos idos do século e milênio passados. Era preciso ir ao "estúdio" do fotógrafo (Prieto, Schodren, Akira, saudade daqueles bons amigos) ou combinar sua presença para registrar o momento. E mais: inicialmente não havia fotos coloridas, apenas em preto e branco. Somente mais tarde as pequenas máquinas fotográficas – as famosas kodak, com seus rolos de filmes e "negativos", e depois as pequenas polaroids, que revelavam o filme na hora – se popularizaram para uso geral.

























