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Que bom que você está aqui!

Este  site-biblioteca – ainda em construção – conterá peças literárias, jornalísticas, filológicas (poemas, contos, crônicas, artigos, discursos, estudos linguísticos e gramaticais) e testemunhos da história de Santino & Yone – casal-símbolo

 de amor, de realização pessoal e familiar, de sucesso na missão de vida, de dedicação a Uberaba. 

Esta iniciativa atende a incontáveis pedidos de republicação dos livros esgotados e publicação de

obras inéditas de Santino Gomes de Matos, consubstanciando também homenagem a meus pais.

Que  estas páginas  sejam  para você  fonte das melhores energias e de abençoadas inspirações!

Maria Isabel Gomes de Matos

Santino Gomes de Matos e Juscelino Kubitscheck, então Presidente da República, em visita a Uberaba (1956)

Santino Gomes de Matos e Juscelino Kubitscheck, então Presidente da República, em visita a Uberaba (1956)

Apresento-lhes este site, com obras que, sem perder sua atualidade, são uma relíquia e, ao mesmo tempo, uma fonte de inspiração para quem admira a arte de escrever.

As poesias foram escritas, em sua maioria, entre as décadas de 1940 a 1970, época em que o amor, os anseios e a criatividade genuínos estavam no mais alto patamar. Já os artigos, crônicas e discursos, tecidos no dia a dia da vida cotidiana, permitem  um retrato de época. Não obstante, a escrita de valor fica inscrita pela eternidade, pois a arte não tem limites de tempo ou idade. 

Eis então o convite que faço: entremos na cápsula do tempo, vamos nos enveredar nessa época de esplendor do amor incondicional e apreciar obras de requinte e leveza, na mais aprimorada expressão da língua portuguesa, sedimentadas em genialidade literária.  Façamos uma imersão nas produções literárias do Professor Santino Gomes de Matos e de sua amada esposa, Yone Passaglia Gomes de Matos. Vale a pena conferir!

Teresa Cristina de Oliveira Rosa   

Alma ligeira das trovas

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Homenagens a Santino

Gomes de   Matos

MONTEIRO LOBATO
Que surpresa foi para mim a chegada de Oração dos Humildes, com uma beleza de poesia nova e velhíssima - velhíssima porque é a Eterna Poesia Verdadeira, e nova (...)
Faço votos para que Santino tenha o sucesso que merece.
TRISTÃO DE ATAÍDE
Ora cantando com o espírito de fraternidade o sofrimento dos homens, ora refletindo quadros exteriores da vida moderna, ora espalhando-se num lirismo mais alto e universal, é sem dúvida evocativo, empolgante (...)
ACIU – UBERABA
Quando  testemunhamos o trabalho de sua pena em campanhas de tanto interesse para Uberaba, é nosso dever significar-lhe o quanto o comércio e a indústria locais, as classes produtoras uberabenses, reconhecem o alto mérito de sua cooperação, (...)
TRIBUTO PELA IMPRENSA
Gomes de Matos, nome que Uberaba guarda com admiração e respeito. Um nome que, apesar da sua imensa modéstia, não conseguia esconder, pela ação que desenvolvia, uma das expressões de mais alto valor humano que já tivemos em nossa terra natal.
ATALIBA GUARITÁ NETO
(NETINHO)
GOMES DE MATOS foi outro grande mestre do "Lavoura" no passado, inesquecível pela sua cultura e inteligência, recordado sempre pelos seus intocáveis artigos de fundo.
(...)
MONS. JUVENAL ARDUINI
O professor Santino Gomes de Matos é inesquecível.  É presença viva. Encontrei-o em 1943. Fundamos o Instituto Superior de Cultura em 1944, quando não havia curso universitário em Uberaba. Mantivemos cursos livres de
(...) 
VÂNIA MARIA RESENDE
(...)as verdadeiras aulas de Português, que nasciam a partir do questionamento, qualquer um que se levantasse. Quem ousa repeti-las agora? Faltam a fundamentação, a experiência e a capacidade fabulosa, ( que eram tão suas, professor.) (...)
FILINTO DE ALMEIDA
Santino Gomes de Matos,
Poeta admirável de Oração dos Humildes,
livro que pode e deve elevar
o seu nome à altura e nível
dos maiores poetas nacionais modernos.
(...)
AFRÂNIO PEIXOTO
Meu caro Poeta: muito obrigado por seu livro de poesia, toda ela lida e sentida. Volvida a última página, tenho na memória comovida o eco... Penso na "Filha de D. Vivina", em tantas das "Vozes Íntimas", penso em tanto aroma (...)
HOMENAGEM PÓSTUMA 
Santino Gomes de Matos: Vivo, construiu pela palavra. Morto, continua a construir pelo exemplo que legou a Uberaba, que há de homenagear a sua memória para amortização de uma imensa dívida de gratidão que jamais poderá ser integralmente paga (...)
JOSÉ MENDONÇA
Céu Deposto é livro que honra e enaltece a poesia brasileira.  Santino Gomes de Matos é, hoje, um dos melhores, um dos mais legítimos intérpretes do nosso lirismo.  A alma de nossa gente canta nos seus poemas. 
(...)
LOPES RODRIGUES
Seus poemas são eflúvios do seu coração – melro do norte no helenismo das sete colinas, embora a jeito de espadachim do ingrato prelo. (...) Saudade de nossas conversas! Talvez volte a Uberaba só para bons momentos na sua biblioteca. (...)
RUI DE SOUZA NOVAES
Se tivéssemos que definir a posição de Santino Gomes de Matos no seio da comunidade Uberabense, nós o faríamos com apenas duas palavras:
integração afetiva. (...)
A integração afetiva de Gomes de Matos nesta cidade comandou  (...)
PAULO SARASATE
Já sabia de seu triunfo por várias fontes. (...)
Caiu em minhas mãos um artigo seu, extremamente bem escrito e interessante. Fiquei tão entusiasmado que acabei de enviá-lo ao 'O Povo'. A publicação será imediata. E já pedem outras (...)
A. J. PEREIRA DA SILVA
Oração dos Humildes é um dos mais belos trabalhos que já tive a fortuna de ler ou melhor de ouvir; porque na realidade tudo é vida impressiva e expressiva em cada estrofe de qualquer de seus poemas. A fusão rítmica de sua alma com as outras (...)
MÁRIO PALMÉRIO
"Ao velho e prezado amigo, Gomes de Matos, inigualável filólogo e professor, poeta da mais alta estirpe, com meu afetuoso abraço!" Dedicatória de seu livro Vila dos Confins, entregue em mãos na biblioteca da Bernardo Guimarães.
LAURO FONTOURA
Santino Gomes de Matos, filólogo, jornalista e professor, a quem Uberaba rende o preito de grande e justa admiração, por sua cultura e inteligência, é, acima de tudo, um artista, com a missão quase divina de focalizar a beleza, com qualidades (...)
WALTER C. CARVALHO
Poeta que jamais  foge à sua missão de beleza, que foge por gosto a pretensas regras poéticas pra melhor exprimir a Poesia, compôs Gomes de Matos um livro de versos que ficará para sempre cantando no mais íntimo de minha sensibilidade. (...)
GEORGES DE CHIRRÉE J.
(...) E é por isso que a poesia de Gomes de Matos, ontem, como hoje, como em todas as vezes em que deixou falar o homem de pensamento e sensibilidade, é boa, é bela, é acessível, é tocante, agradando a quantos o leem.
(...)
SAID FARAH
O Ministro da Comunicação Said Farah, ao chegar a Uberaba, fez uma evocação entusiástica e saudosa de Santino Gomes de Matos. A verdade
é que a morte apenas suprimiu a presença física de Santino na paisagem humana e social de (...)
MOACYR ANDRADE
Inferno Divertido da Análise Sintática. Este o título do livro, de autoria de Santino Gomes de Matos, emérito professor de Língua Portuguesa da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santo Tomás de Aquino.  Já o título desperta simpatia no leitor.
(...)

Uberaba - MG

A biblioteca da Rua Bernardo Guimarães 

 Santino Gomes de Matos na biblioteca

Leonardus Paulus Smeele
Poema publicado em 15/10/1975

Não te verei mais, sentado atrás da tua mesa, lendo, estudando, escrevendo, saboreando os poetas de ontem, de hoje, recebendo amigos, alunos, sempre com sábias palavras.A janela não reflete mais o teu rosto (...)
 

Maria Isabel Gomes de Matos
A biblioteca e suas visitas

Quantas pessoas circulavam pela biblioteca!  Vizinhos, parentes, amigos, alunos e professores, (...) Circulavam ainda por ali empresários, políticos, fazendeiros, comerciantes em busca do apoio do jornalista e escritor para causa relevante de Uberaba (...)

Ana Maria
Ferreira Árabe

Frequentei a biblioteca do Professor Santino Gomes de Matos, nas décadas de 1960 e 1970, com o privilégio de estar fisicamente naquele espaço tão admirável e aconchegante!
Consigo fechar os olhos e (...)

 

Glaura
Mendes Name

Lembrar-me da “Biblioteca Professor Santino Gomes de Matos” é recordar-
me também, com muito carinho, de nossas famílias, dos pais e irmãos da
minha amiga Bel e de meus pais,  meus irmãos, tios e avós. (...)

 

Teresa Cristina
de Oliveira Rosa

Quem foi responsável pelo nosso interesse em aprender português, quem nos norteou a sermos responsáveis e boas alunas, éticas e até um pouco perfeccionistas em tudo o que fazemos? Sem dúvida (...)

Maria Isabel Gomes de Matos
A biblioteca: primeiras lembranças

Era uma casa simples, mas espaçosa, confortável e aconchegante.  Os muitos cômodos eram amplos, arejados e iluminados. Na minha infância, eu tinha convicção de que era uma casa mágica. Qual não foi o meu espanto quando (....)

Maria Isabel Gomes de Matos
A biblioteca e as meninas CNSD

Eu não tive irmãs de sangue.  Mas, em compensação, a vida me trouxe preciosas amigas-irmãs de alma e de coração. Existem vínculos fraternos que se formam por afinidade e que são, algumas vezes, tão ou mais fortes que laços sanguíneos. Afinal (...)

Ana Beatriz
Loes Cicci Castro

Falar da Rua Bernardo Guimarães, 56, enche meu coração de saudades. Lembranças tão boas que sinto o maior prazer em contá-las. Estávamos nos preparando para o vestibular. Era um privilégio estudar naquela
(...)

Lídia Maria
de O. Jordão R. da Cunha

É com o coração cheio de gratidão e saudade que escrevo estas palavras em homenagem a uma das amizades mais belas e duradouras de minha vida – minha querida amiga do Colégio Nossa Senhora das Dores (...) 

José Rosa
Sobrinho

Por volta do final dos anos 60,  trabalhando como office boy na
Fábrica de Balas Oriente, tive a grata oportunidade de conhecer o Professor Santino Gomes de Matos. 
(...)

Maria Isabel Gomes de Matos   
Duas bibliotecas?

(...) Descobri duas realidades interessantes. A primeira, que meu pai conhecia cada exemplar, conseguindo localizá-lo mesmo longe da biblioteca: sabia a cor da capa bem como  em que prateleira residiam.  A segunda, que(...)

Leonardus Paulus Smeele
Poema publicado em 6/5/1961

Não estão seus livros, lado a lado,
alinhados, pacientes, irmãos amados,
sempre lá, atrás da sua cadeira?
Não estão seus discípulos, ombro a ombro, sentados nas carteiras, impacientes, sempre lá, em frente
(...)

Carmem Lucia
Vieira 
Tahan Assunção

Quando penso na minha infância e adolescência, de imediato vêm as lembranças do Colégio Nossa Senhora das Dores de Uberaba, onde fiz desde o primeiro ano primário, em 1963, até terminar o ginásio, (...)

Rejane
Borges  Piacezzi

Aquela casa, de saber e de amor,  usava as inspirações para a redenção de suas próprias emoções.  Ali, na Bernardo Guimarães, guardada hoje em minhas lembranças, tudo me inspirava, me estimulava a estudar, a versar, a poetizar!

A casa em escombros e o fim  da biblioteca: de floresta a sementes

Atualmente, quem passa pela  Bernardo Guimarães tem a impressão de ver não uma casa, mas escombros de guerra que tentam, num disfarce de cores berrantes e assustadoras, manter-se de pé. Mas, afinal, nada a estranhar,
(...)

Aperitivos de poesia

Aracati
Santino Gomes de Matos
O Aracati acabou de trazer as jangadas à praia.
Vem ainda úmido da maresia
e orgulhoso de ter montado nas costas dos tubarões.
Acaricia, ligeiro, a cabeça dos filhos dos pescadores e lança-lhes areia nos olhos (...)
Uberaba centenária
Santino Gomes de Matos
POEMA VERDE 
(Â gamelelira que viu Uberaba nascer)
Vetusto tronco e clara mocidade,
na fronte esmeraldina enchendo o céu! És um poema verde à eternidade do burgo que a teus pés alvoreceu. Viste-o nascer. E agora,a imensidade da (...)
Anjos da Guarda
Santino Gomes de Matos
Enesgada entre dois prédios, a sombra alonga na calçada a maciez de um acolhimento refrescante.
O garoto atende à voz impositiva da mãe e empurra o berço da irmãzinha
guloso do retalho de amenidade, para fugir ao suplício herodiano do sol, (...)

 
Catira
Santino Gomes de Matos
Deixemos a lira do rei Davi,
é hora da catira, que é dança daqui.
Pés de retumbo no tabuado.
Gestos de chumbo, corpo aprumado.
Por muito espaço, não me distraio,
num só compasso, entro e saio.
(...)
Recado de Poesia
Santino Gomes de Matos
Um recado de poesia
entre o sonho e a realidade,
atende a quem pressentia
meios tons de amenidade.
Não é a volta impossível
ao enjoo de água doce
do romantismo risível
nas falsidades que trouxe. (...)
Viagem
Santino Gomes de Matos
Onde foi o apito do trem?
A Distância faz-me um convite,
sem mãos, sem gestos, sem sorrisos.
E um impulso perdido
resvala no gume dos horizontes inviolados.
Fumega em meu sangue cigano (...)
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Poemas de Santino para Yone

Dedicatória
Santino Gomes de Matos

Estes versos são teus. E tudo mais que exprime força de afirmação ou sopro de valor nesta alma amarga e frágil como um vime, que vives a compor, compor e recompor.
Em nosso encontro tive a impressão de espanto de uma
ressurreição. Como que por encanto, senti asas de novo (...)

O que eu amo em você
Santino Gomes de Matos

O que eu amo em você é a luz da própria vida, é tudo que não tive, é tudo que não tenho, para encher a grandeza comovida de um destino pesado como um lenho. O que eu amo em você é a esperança louca de um futuro feliz, que me anda a fugir da alma para a boca e que a boca não diz. (...)​

Eu sei de uns olhos
Santino Gomes de Matos

Eu sei de uns olhos magos, sedutores, que nunca serão meus. Olhos profundos, vagos, cismadores, que vestem longos véus. São da cor das marés. Indecifráveis, ninguém pode entendê-los. Tais olhos, quanta vez, imperscrutáveis, tenho visto sem vê-los!​ (...)

Presença
Santino Gomes de Matos

Quando os passarinhos dormirem
e nunca mais acordarem, nas árvores de estalactites,
ainda virá do teu peito
o canto louro da derradeira manhã.
E será dos teus olhos,
feitos lacrimais de água viva,
que brotará a orvalhada dos vergéis, (...)

Instante supremo
Santino Gomes de Matos

Tu não disseste nada e eu nada disse, naquele encontro a sós, fortuitamente, em que o acaso nos fez a alcovitice de deixar-nos sentados frente a frente. Pois ficamos os dois nessa estroinice das frases soltas, desconexamente, com medo de que à boca nos subisse a (...)

Pressentimento
Santino Gomes de Matos

Olha-me bem nos olhos, meu amor. Há momentos em nós que a Eternidade recolhe, e em outras vidas vai compor no imponderável da Felicidade. Do fundo de nós mesmos, onde a Dor bem cedo se instalou numa orfandade,  arranquemos um lírio, ou qualquer flor, como um enfeite à nossa (...)

De Yone para Santino

 
Dedicatória

Dedico este site a minha filha, Marcela, que é minha inspiração para tudo o que realizo. Sinônimo de  beleza, elegância
e inteligência, advogada no Brasil e nos Estados Unidos,  Marcela  herdou sua capacidade jurídica de seu pai, Rosalvo,       juiz de laureada. Mas ela resgata também muito dos avós. Como o avô Santino, tem especial talento para a área             linguística, dominando com excelência e proficiência o inglês, o italiano e o espanhol. Como a avó Yone,  aptidão 

     e admiração pelas artes plásticas, design e criações independentes. Sua atuação profissional reflete a afeição ao
     pai e aos avós no exercício internacional do direito empresarial, proteção de marcas e fashion law.
                                                                   Maria Isabel Gomes de Matos

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