PRESSENTIMENTO – Santino Gomes de Matos
- Maria Isabel Gomes de Matos
- 23 de abr.
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À Yone, sempre, como oferenda
de pleno amor.
Olha-me bem nos olhos, meu amor.
Há momentos em nós que a Eternidade
recolhe, e em outras vidas vai compor
no imponderável da Felicidade.
Do fundo de nós mesmos, onde a Dor
bem cedo se instalou numa orfandade,
arranquemos um lírio, ou qualquer flor,
como um enfeite à nossa santidade.
Porque se o sofrimento nos fez tristes,
embora resignados e serenos,
existo neles, como tu existes.
E pressentindo os filhos bem felizes,
aos nossos olhos, de ventura plenos,
se apagarão as velhas cicatrizes.
Do livro Céu Deposto
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