top of page

PRESSENTIMENTO – Santino Gomes de Matos

  • Maria Isabel Gomes de Matos
  • 23 de abr.
  • 1 min de leitura

À Yone, sempre, como oferenda

de pleno amor.


Olha-me bem nos olhos, meu amor.

Há momentos em nós que a Eternidade

recolhe, e em outras vidas vai compor

no imponderável da Felicidade.


Do fundo de nós mesmos, onde a Dor

bem cedo se instalou numa orfandade,

arranquemos um lírio, ou qualquer flor,

como um enfeite à nossa santidade.


Porque se o sofrimento nos fez tristes,

embora resignados e serenos,

existo neles, como tu existes.


E pressentindo os filhos bem felizes,

aos nossos olhos, de ventura plenos,

se apagarão as velhas cicatrizes.

Do livro Céu Deposto

©2023 – Todos os direitos reservados. Permitida a divulgação, desde que citada a autoria.

bottom of page