ANO DOS MEGATONS – Santino Gomes de Matos
- Maria Isabel Gomes de Matos
- 5 de out. de 2022
- 1 min de leitura
Atualizado: 23 de abr.
Séculos de furor condensados num ano.
Melhor será, talvez, que o minuto fixemos,
fração de tempo ideal para comportar o plano
do infinito de força em impactos supremos.
Um minuto, não mais, e no eternal arcano
do ser ou do não ser, átomos, mergulhemos.
Pois ficou sem noção o velho sonho humano
de se levar a vida ao fim com os próprios remos.
Ninguém já pode ter um destino isolado,
com rótulo de fé ou projeção de sonho,
num pedaço do céu, exclusivo, fechado.
O mundo é uma só traumática emoção,
no pânico jacente, ao pressentir medonho
das explosões totais, para total destruição.
Do livro Céu Deposto
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