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CINZAS – Santino Gomes de Matos

  • Maria Isabel Gomes de Matos
  • 14 de out. de 2022
  • 1 min de leitura

Atualizado: 23 de abr.

O tempo já desdobra sobre mim

asas murchas de tédio e de cansaço.

Na tarde cinza, triste cinza é o fim

de doidos sonhos, fúlguros, no espaço.


Desampara-me o gênio de Aladim,

nas maravilhas, que já não devasso,

das miragens acesas em rubim,

que punham febre e anseio no meu passo.


Rentando o chão da minha pequenez,

das loucas atitudes de entremez,

guardo um rastro de sombras na memória.


Minhas asas de luz nunca existiram...

Em estultos delírios me mentiram

os chamamentos pérfidos da glória.



Do livro Céu Deposto

©2023 – Todos os direitos reservados. Permitida a divulgação, desde que citada a autoria.


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