DISCURSO DE NATAL – PARÓQUIA DE SÃO DOMINGOS – Santino Gomes de Matos
- Maria Isabel Gomes de Matos
- 18 de mar. de 2024
- 3 min de leitura
Sob a orientação de Frei Alberto Chambert, cujo ideal apostólico vem enriquecendo de nova seiva a vida paroquial dominicana, decidiram as senhoras da Ação Católica promover uma festa natalina infantil, sem maiores pretensões artísticas, mas imbuída tão somente do sentido da grandeza do advento do Menino-Deus, que cada ano se repete nas comemorações litúrgicas e na esperança de nossos corações.
Assim sendo, gozaremos o júbilo em comum, assistindo ao desempenho das crianças, que têm estado constantemente reunidas para aprenderem o verdadeiro significado do Natal, q ue não se resume nos brinquedos que fartamente recebem nesta época e na ceia degustada em família, mas na renovação do mistério do Deus que se faz Homem para redimir a humanidade .
Ele veio para nos salvar! E, desde então, uma nova luz brilhou nos céus e uma nova era teve início na terra.
Foi isto que as crianças da paróquia de São Domingos aprenderam nestes dias e concretizam agora a sua alegria entoando cânticos em louvor do Menino Jesus.
Esses ensinamentos elas os receberam de um grupo de admiráveis catequistas, supervisionadas por essa extraordinária figura de católica que é D. Nizia Guaritá, cuja vida vem sendo um exemplo singular de amor e devotamento à causa da Santa Igreja.
Não seria justo que eu calasse o nome dessa serva dileta do Senhor que, sem descuidar dos seus deveres de esposa e de mãe, tem-se posto à frente dos principais movimentos de ação católica na nossa paróquia e em toda Uberaba.
Ela é uma força viva de persistência e devotamento, que sabe levar de vencida os maiores obstáculos, desde que seja para maior honra e glória de Deus.
Silenciar o seu nome é ignorar a obra que ela vem incansavelmente realizando, seria injustiça que não quero cometer, mesmo sabendo estar ferindo os sentimentos de modéstia dessa grande cristã, que conseguiu realizar o milagre de fundir no seu ser privilegiado as figuras de Marta e Maria.
Meus Senhores!
Dentro em pouco ouvireis os meninos da paróquia. Devo entretanto prevenir-vos de que assistireis ao desempenho de crianças que acorreram espontaneamente ao chamado de frei Alberto e que se apresentam pela primeira vez em público, para fazer uma oblata ao Menino de Belém, e ao mesmo tempo homenagear a seus pais, pródigos de generosidade e carinho.
Por certo o Deus Menino também ouvirá estas crianças, porque Ele ama os pequeninos. É verdade que Ele é rei e que Ele impera. Mas o seu reino é o da Bondade, do Amor, do Perdão. É o reino dos mansos e humildes de coração.
Ele não é o rei que absorve os bens do súditos, mas distribui a mancheias graças e bênçãos e se dá Ele próprio, em salvação da humanidade. Isto se torna visível quando se repete a cerimônia do Natal. Vemos, então, uma vez mais, o Pequenino, no seu bercinho de palhas, entre o burrinho e o boi, velado pelos cuidados de sua santa Mãe e de São José, e sob o olhar pasmado dos humildes pastores.
É toda a poesia de Belém que se irradia de novo pelos quatro cantos do mundo, derretendo o gelo da indiferença entre os povos, sacudindo a tibieza dos fracos, fazendo tremer nos seus allicerces o orgulho e a vaidade vã, e iluminando de esperança o coração do soprimidos e dos injustiçados.
Deixemo-nos penetrar da suavidade que emana do Presépio! Ouçamos a mensagem de brandura nas vozes que vêm do cèu: "Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade".
Estejamos todos, paroquianos de São Domingos, reunidos em torno do Pequenino Grande, que do seu berço de palhas estende braços à humanidade inteira, sorrindo o seu doce sorriso, que fala a linguagem do Amor, do Perdão e da Misericórdia.
