ESCUTANDO E DIVULGANDO
- Maria Isabel Gomes de Matos
- 23 de mar. de 2024
- 2 min de leitura
A notícia não pode ser mais triste e dolorosa para todos nós: faleceu, esta manhã, o Prof. Santino Gomes de Matos
Nosso querido companheiro durante longos anos de jornada jornalística, o prof. Santino Gomes de Matos era, sem favor algum, um dos mais eruditos e sagazes jornalistas de toda a região. Não pretendemos fazer o seu necrológico, pois este está inserido na primeira página desta edição. Queremos apenas manifestar o nosso profundo sentimento pelo desaparecimento de um companheiro a quem aprendemos a admirar, a respeitar e devotar a mais sincera amizade.
Quantas vezes nos valemos do Prof. Santino para esclarecimento de dúvidas que se nos apresentavam. Era o professor seguro, solícito, sem a pretensão de ditar cátedra. Humilde, compreensivo, solidário, brilhante, dotado de alto espírito de independência, o Prof. Santino foi uma verdadeira escola para todos nós. Um jornalista do mais alto gabarito, batalhador das grandes causas, que honrou o cabeçalho deste jornal por muito anos, figurando como seu redator-chefe. Querido por todos, do mais humilde ao mais categorizado funcionário ou diretor desta empresa, prof. Gomes de Matos foi sempre o companheiro de todas as horas, as boas e as difíceis. Jamais se intimidou. Jamais se subordinou a interesses outros que não fossem os da causa justa, das reivindicações procedentes do bom combate. O gramático estudiosos, era ele constantemente solicitado para consultas não só por seus companheiros de redação, mas também por literatos, acadêmicos e estudantes em geral. Sua inteligência era por demais fulgurante. Seu talento, incomensurável. Sua prosa atraente e sobretudo agradável. Como usufruímos de sua convivência! Que saudades vamos sentir do inesquecível companheiro de lutas! Sua lembrança permanecerá imperecível nesta casa, que muito se honrou e se dignificou com a sua edificante presença.
A melhor homenagem que poderemos prestar ao nosso bem-amado companheiro é invocar aquela feliz quadrinha do seu saudoso amigo-irmão, Quintiliano Jardim, o poeta Flávio:
Do mundo nada se leva, além do bem que se faz;
riqueza, orgulho, vaidade, tudo fica para trás.
Crônica publicada na coluna Escutando e Divulgando, de Raul Jardim, no "Lavoura e Comércio"
