FULGORES BÍBLICOS – Santino Gomes de Matos
- Maria Isabel Gomes de Matos
- 10 de jul. de 2022
- 1 min de leitura
Atualizado: 23 de abr.
Pressinto no horizonte a força em vertical
que imprimirá altura ao chão do meu desmaio.
O sol se faz de brasa e eleva o pantanal,
que é orvalho, depois, sobre as flores de maio.
Relâmpago cegante o esplêndido sinal!
Talvez, como em Damasco, o esfuzilar de um raio
o abismo me deslumbre em glória sideral
e enobreça de azul meu coração lacaio.
Terminarão, assim, as torvas agonias,
quando não mais sofrer as amarras da terra,
perante os altos céus, nos caminhos de Elias.
E por corcéis de fogo arrebatado além,
a borra triste e má que a minha vida encerra
será canto de luz, essência pura. Amém.
Do livro Céu Deposto
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