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JOSÉ HUMBERTO RODRIGUES DA CUNHA

  • Maria Isabel Gomes de Matos
  • 1 de mar. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 11 de out. de 2024

"(...)

O 'Céu Deposto' me caiu nas mãos em grave hora que minha vida enfrentou.

(...)

Não lhe pretendo, porém, oferecer um novo 'Céu Deposto', q ue seria aqui, apenas um queixume – tão caro é o seu, falando em alto espírito, aos que se lhe irmanam na sensibilidade.


Permita Deus a sua contínua inspiração. Se possível, sem dores, imprescindíveis à poesia de tantos em que nasce só do coração sofrido.


A "desgraça alheia", que lhe inspira compaixão, fala tão fundo que a guardei nestes seus versos:

Cantos tristes de gaiola,

saudosos de verde ninho.

E há gente que se consola

com queixas de um passarinho.


Possa você, meu amigo Santino, acordar sempre nas primaveras do espírito para criar paraísos como o "Céu Deposto", aberto em finura e sensibilidade."

Trecho de carta de José Humberto a Santino Gomes de Matos

"Meu caro Santino,

Devo-lhe atenções. Pretendo pagá-las, ainda que mal. Irei a sua casa desrespeitar suas raríssimas horas de descanso. E o farei por egoísmo: para a satisfação do seu convívio. Espero que nas minhas também escassas horas sobre prazo para cumprir esta ameaça. Abraço do

José Humberto.

Bilhete de José Humberto a Santino Gomes de Matos

José Humberto Rodrigues da Cunha (Prata, 5 de agosto de 1911 –  6 de julho de 1998). Formou-se em Direito e em Medicina pela UFMG, dedicando-se à clínica médica em Uberaba, onde foi médico de extremo prestígio. Aliando competência e generosidade, nunca poupou sacrifícios para atender à sua imensa clientela. Membro da Academia Mineira de Medicina, era proprietário da Casa de Saúde São José, que buscava apresentar o que havia de mais moderno para atender aos pacientes. Posteriormente dedicou-se à política, sendo vereador e deputado federal, por vários mandatos.



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