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JUVENAL ARDUINI

  • Maria Isabel Gomes de Matos
  • 27 de fev. de 2024
  • 1 min de leitura

"Professor Santino. Tomando ciência da enfermidade que lhe sacrifica a saúde, quero consignar por escrito que conte sempre com minha permanente presença amiga. Estarei sempre cercando seu leito hospitalar, comunicando-lhe a força de Deus e garantindo-lhe, pela missão sacerdotal, a confortadora presença de Cristo.


Tenho a certeza de que Cristo há de reforçar-lhe as energias corporais e espirituais para que se refaça o quanto antes. E Deus lhe conserve a admirável têmpera pessoal que o caracteriza e lhe confere extraordinária capacidade.

(...)

Deixo-lhe, caro Professor Santino, essas pobres palavras como expressão de minha amizade, profunda admiração pela sua pessoa e pelas suas grandes qualidades humanas e cristãs. Aquilo que não consigo dizer-lhe por esta carta, vou dizê-lo diretamente a Deus.

(...)

Com inextinguível presença, seu irmão,

Juvenal Arduini"


Trecho de carta de Monsenhor Juvenal Arduini a Santino Gomes de Matos


CRUCIFIXO DE HOSPITAL

Santino Gomes de Matos


(A meu amigo Monsenhor Juvenal Arduini).


Preside o Cristo na parede nua.

Entretanto, o esplendor de um sol nascente

o êxtase dos meus olhos faz que flua

da chaga em que Tomé pôs mão, descrente.


Lá fora, a vida, o burburinho, a rua.

No meu isolamento de doente,

a consciência em pânico recua

ao tempo do mordaz impenitente.


Peso tudo: a irrisão não é exemplo,

e satanás com largas reinações

na alma que se devera à Fé, por templo.


Mas no espanto de luz da Santa graça,

por um apostolado em redenções,

bendigo aos Céus que Cristo em mim renasça.





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