SINO DA ETERNIDADE – Santino Gomes de Matos
- Maria Isabel Gomes de Matos
- 16 de jan. de 2024
- 1 min de leitura
Atualizado: 23 de abr.
Sonho no Tempo, grão de pó no Espaço,
círculo nas artérias do Absoluto,
que grava de mistérios o meu passo,
os séculos filtrando num minuto.
Os grilões que padeço (embalde luto!)
cadeias são do universal abraço
que punge e esmaga sob o peso bruto
dos mundos idos de que somos traço.
Resso milenar de um só Destino
em meus ecos escuto, apavorado
do bronze eterno deste pobre Sino:
Alma sozinha que é resumo aflito
do mundo do presente e do passado,
ante o sem-fim de abismos do Infinito.
Do livro Céu Deposto
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