SONETO DO MORTO-ETERNO – Santino Gomes de Matos
- Maria Isabel Gomes de Matos
- 7 de mar. de 2024
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Outros domínios, outra dimensão
o morto-eterno em projeção assume
sem os percalços da limitação,
em si o ser total une e resume.
Transcendência do gesto, em vez da mão
que semeava da baixada ao cume.
E estanque embora, a rica doação
em sarça-ardente para o sempre lume.
Império da virtude sobre a morte.
Os despojos na terra e o exemplo em nós,
com a fidelidade de um transporte.
O morto-eterno, assim, ato e presença,
é penhor de horizonte, e é cor e é voz
do ideal promovido em luz e crença.
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