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SONETO SEM VERBOS DIANTE DA ESTÁTUA DE MÁRIO DE ANDRADE – Santino Gomes de Matos

  • Maria Isabel Gomes de Matos
  • 5 de mar. de 2024
  • 1 min de leitura

Mário de Andrade, em pedra, em cativeiro.

E a glória dele, numa versão

do gênio do Brasil lesto, vagueiro

– eis o tudo da sua louvação.


Língua viva, de estilo feiticeiro,

modismos da cidade e do sertão,

para o acalanto do sono ao seringueiro

para a babel de São Paulo em expressão.


No verde-amarelismo, um principado.

Macunaíma, o herói em veia pura,

magias do folclore interpretado.


Mário de Andrade, em opaco monumento,

assim em pedra, que ofensa dura

à luz e à cor, ao canto e ao movimento.



©2023 – Todos os direitos reservados. Permitida a divulgação, desde que citada a autoria.

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