UBERABA CENTENÁRIA – Santino Gomes de Matos
- Maria Isabel Gomes de Matos
- 6 de mar de 2024
- 1 min de leitura
Atualizado: 7 de out de 2024
POEMA VERDE
(À gameleira da praça Afonso Pena, que viu Uberaba nascer,
em homenagem ao centenário de Uberaba – 2 de maio de 1956.)
Vetusto tronco e clara mocidade,
na fronde esmeraldina enchendo o céu!
És um poema verde à eternidade
do burgo que a teus pés alvoreceu.
Viste-o nascer. E, agora, a imensidade
da glória vegetal que Deus te deu
contempla o centenário da cidade
que a pompas de metrópole ascendeu.
Não fôssemos fechadas criaturas,
que fugas transcendentes não logramos,
além do voo que em nós começa e acaba,
e ouviríamos versos que murmuras
aos ventos altos, do alto dos teus ramos,
cantando a epopeia de Uberaba.
Nota: A gameleira, tempos depois, infelizmente foi retirada. Em seu lugar, o cimento da "concha acústica" e de bancos inertes. Um amigo uberabense, que tem coração de poeta, ao se lembrar do fato, definiu à perfeição nosso sentimento: "Como fiquei triste quando a gameleira foi arrancada. A praça ficou sem alma".
©2023– Todos os direitos reservados. Permitida a divulgação, desde que citada a autoria.
