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VICTOR DE CARVALHO RAMOS

  • Maria Isabel Gomes de Matos
  • 28 de mar. de 2024
  • 1 min de leitura

Atualizado: 11 de out. de 2024


"Prezado amigo Santino,


Parece que nós residimos em terras antípodas, meu amigo. Eu, aqui, e você no Japão, ou vice-versa. Não nos encontramos nunca. No entanto, Uberaba é uma cidade que a gente cobre com a palma da mão: só o coração aqui é grande, sem limites. Porque não nos vemos nunca, cada qual nos seus trabalhos e afazeres, nos poucos momentos de lazer envolvidos em nossas leituras, tomei a liberdade de lhe mandar estas linhas.

(...)

Reli ontem alguns poemas seus, que momentos de enlevo! Salve, poeta! Novo livro à vista?

(...)

Recebi ontem, de Florença, uma cartinha, em cursivo, da Irmã Maria do Precioso Sangue O.P., em que há o seguinte trecho, que deve tocar à sua sensibilidade: "Não me esqueço, porém, dos amigos do Brasil. Queira dizer o mesmo ao caríssimo Prof. Santino e ao Dr. José Mendonça, aos quais envio minhas sinceras recomendações. Faça o favor, Dr. Victor, de telefonar ao Prof. Santino e dar-lhe meu endereço, sim?" Aí está, caro Santino, a ordem que recebi. Ela vai por escrito, e não por telefone.


Com um abraço, ex-toto corde et anima, Victor de Carvalho Ramos"


Carta de Victor de Carvalho Ramos a Santino Gomes de Matos

Vitor de Carvalho Ramos (Goiás, 16 de fevereiro de 1893 – Uberaba). Advogado e jornalista, transferiu sua residência para Uberaba redatoriar no "Lavoura e Comércio". Foi presidente da OAB de Uberaba. Membro da Academia de Letras de Goiás e da Academia de Letras do Triângulo Mineiro, era expressivo orador e escritor, de vasta cultura. Participou intensamente da vida política da cidade, embora não tenha ocupado nenhum cargo público.




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