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PRESSENTIMENTO – Santino Gomes de Matos
À Yone, sempre, como oferenda de pleno amor. Olha-me bem nos olhos, meu amor. Há...
CHUVA LÍRICA – Santino Gomes de Matos
Tu falas e um céu responde na alma da gente, feliz, que procura saber donde choveu tanta flor de lis.
SEPARAÇÃO – Santino Gomes de Matos
Como pássaros feridos, meus olhos voam aos teus, mas regressam devolvidos na angústia do mesmo adeus.
CONTRASTE – Santino Gomes de Matos
Bronzes fatais do Destino, com o tempo, descompassados: já cantou festas o sino que hoje me plange a finados.
SIMBOLISMO – Santino Gomes de Matos
Cipreste, sócio da Morte, no cemitério proscrito, mas do talhe, no recorte, é lança para a Infinito.
QUEIXUMES DE UM PASSARINHO – Santino Gomes de Matos
Cantos tristes de gaiola, saudosos de verde ninho. E há gente que se consola com queixas de uma passarinho.
JARDIM DO AMOR – Santino Gomes de Matos
Lírio esquivo, viva rosa, a audácia em sangue de um cravo. Tulipa negra, chorosa, saudade num peito escravo.
ESPONJA – Santino Gomes de Matos
Caminha a Morte comigo, passo aqui, passo acolá. Do que faço, penso e digo, esponja de luz será.
CABEÇA-VERMELHA – Santino Gomes de Matos
Canta o galo de campina, mal o dia se descerra. Nota rubra de clarina, soldado que vence a guerra.
NATAL DA CRIANÇA POBRE – Santino Gomes de Matos
Menino-Deus de folhinha, à luz de um coto de vela. Vazia e triste mãozinha sonha o Natal da favela.
AVIÃO A JATO – Santino Gomes de Matos
Agulha-raio no espaço, que faz croché das distâncias... eis o ideal do compasso, na fuga das minhas ânsias.
TEUS BRAÇOS – Santino Gomes de Matos
A minha sorte de chumbo carrego nos ombros lassos. Tropeço, caio, sucumbo, mas ressuscito em teus braço s..
MÃE E FILHO – Santino Gomes de Matos
O Anjo da Guarda celeste volve, ciumento, ao Senhor: "Sou demais, pois Tu lhe deste o Anjo da Guarda do Amor."
NATAL GRÃ-FINO – Santino Gomes de Matos
Riquezas em profusão. Luzes, joias – um tesouro! É a sacrílega versão de Jesus em berço de ouro.
LUAR – Santino Gomes de Matos
Descamba o sol, e a saudade de palor nos enche a vida: é o luar da mocidade na hora velha da descida.
DEFINIÇÃO – Santino Gomes de Matos
Tens uns olhos de sereia que do encanto se livrasse, e o mar, queixoso, na areia, vencido, rojando a face...
SÔDADE NACIONÁ – Santino Gomes de Matos
A sôdade morde doce, vê unha de cafuné. É tá quá cuma se fôsse agúia feita de mé.
MORTE A VAREJO – Santino Gomes de Matos
Pulsa o relógio da sala, moendo a hora comprida, e o tique-taque me fala de um conta-gotas da Vida.
DESPEDIDA – Santino Gomes de Matos
A asa triste do teu lenço me palpita tais degredos, que sinto a vida em suspenso pender do adeus dos teus dedos.
ALTO MAR – Santino Gomes de Matos
Vela branca, branca e airada, por maremotos e escolhos... É sugestão de alvorada à perdição dos meus olhos.
AMOR – Santino Gomes de Matos
Quando te quis me fugiste, fugi ao teu bem-querer. O amor eterno, que é triste, se esconde, para viver.
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