ALMA DA DISTÂNCIA – Santino Gomes de Matos
- Maria Isabel Gomes de Matos
- 12 de jul. de 2022
- 1 min de leitura
Atualizado: 23 de abr.
Hoje tudo me fala da Distância,
cuja alma deve ser azul e leve,
diluída num céu aberto em ânsia
de esperanças, talvez,
talvez de um sonho breve.
Não sei por que, mas tudo quanto vejo
nesta manhã tranquila, de cristal,
parece a orquestração de um só desejo
ou de um passado triste, o triste funeral.
A agulha dessa torre, esses outeiros
e um vento preguiçoso que aí anda,
dizendo de queixumes forasteiros,
que a saudade nos traz
ou que um anseio manda...
Não sei. Há alguma cousa indefinida
na linha do horizonte:
Acaso foge para nova vida
ou será do passado a etérea ponte?
Do livro Procissão de Encontros
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