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MOSAICO – Santino Gomes de Matos

  • Maria Isabel Gomes de Matos
  • 13 de out. de 2022
  • 1 min de leitura

Atualizado: 25 de jan. de 2024

A força dos combates que sustento,

para vencer-me,

para fixar-me no equilíbrio de uma personalidade,

sempre me vem dos ódios pequeninos,

dos venenos em dosagem diminuta, que não matam.

Pelo contrário, instilam em nosso peito,

uma piedade enorme de todo o gênero humano.

É com essa compaixão pela fraqueza alheia,

sem o desprezo pelo gesto que amaldiçoa,

pela mão que apunhala na sombra,

que eu formo o mosaico estranho do meu ser.

É feito das lições mirins de cada dia,

no trato das paixões mais variadas,

de todas as cores e feitios.


Devia haver um prêmio Nobel às avessas,

destinado aos profissionais da maldade.


Do livro Vozes Íntimas

©2023 – Todos os direitos reservados. Permitida a divulgação, desde que citada a autoria.




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