MÃE – Santino Gomes de Matos
- Maria Isabel Gomes de Matos
- 11 de out. de 2022
- 1 min de leitura
Atualizado: 24 de jan. de 2024
Ó pobre mãe, de. humilde cochicholo,
que ao filho nu só vestes de carinho,
não valem o aconchego do teu colo
os berços ricos, em frouxéis de arminho.
Em tua humanidade me consolo.
É miséria sem par tão triste ninho...
Mas, quando os olhos pelo mundo rolo,
mais puro amor não vejo ou adivinho.
Guarda, guarda, teu pobre querubim,
que há lindos querubins da cor da noite,
que há lágrimas com preço de rubim.
Um novo mundo vai surgir do pranto,
da fome, da miséria em triste açoite,
da tragédia das mães que sofrem tanto.
Do livro Oração dos Humildes
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