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REDONDILHAS – Santino Gomes de Matos

  • Maria Isabel Gomes de Matos
  • 8 de jul. de 2022
  • 1 min de leitura

Atualizado: 9 de mai.

O tempo fez-se de bruma,

da mesma cor da ternura,

com que no peito se estruma

a flor de toda ventura.


Tua lembrança tão clara,

que lembra a taça dos lírios,

entra a minh'alma e lhe sara

ânsias, tédios e martírios.


Dias tais, sem arrebol,

há quem lamente, por vê-los.

Eu não – pois tenho o meu sol

no louro dos teus cabelos.


Enganos verdes, no mar,

disfarçam rochas e escolhos...

Mas sempre hei de fiar

no verde-claro de seus olhos.


Do livro Procissão de Encontros

©2022 – Todos os direitos reservados. Permitida a divulgação, desde que citada a autoria.

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