REGRESSO – Santino Gomes de Matos
- Maria Isabel Gomes de Matos
- 8 de jul. de 2022
- 1 min de leitura
Atualizado: 25 de jan. de 2024
Quando voltei daquela estrênua lida,
em terras forasteiras, por meu mal,
a aldeia toda, em festas, comovida,
celebrou-me o regresso ao lar natal.
E ao ver a singeleza patriarcal
com que me interrogavam sobre a Vida,
com o olhar ingênuo e manso de um zagal
que ao lobo ignora manhas e investida,
não achei voz em mim que lhes dissesse
todo o encanto da aldeia pequenina,
na paz tranquila de uma longa prece.
Mas, com certeza que entenderam tudo,
nos meus olhos nublados de neblina,
“que o coração no perde por ser mudo".
Do livro Oração dos Humildes
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