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TERRA DO CORAÇÃO – Santino Gomes de Matos

  • Maria Isabel Gomes de Matos
  • 12 de jul. de 2022
  • 1 min de leitura

Atualizado: 28 de abr.

É quadro vivo o rio, a mata, o morro erguido

por onde vagueou descalça a minha infância.

Havia em cada flor a festa de um zumbido

e em cada asa de inseto uns restos de fragrância.


A paisagem persiste. E sinto, envaidecido,

que nada se perdeu, através da distância,

da profusão sensual de som e colorido,

do regaço de paz, como a Paz em substância.


E todo aquele céu de luz e cor e aroma,

com cheiro matinal de rosa e virgindade,

a minha alma resguarda, em luxo de redoma.


Não é o ofício evocativo da saudade.

É o outro de mim, que pela mão me toma,

num passeio de sol, ao sol da mocidade!

Do livro Procissão de Encontros

©2023 – Todos os direitos reservados. Permitida a divulgação, desde que citada a autoria.

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