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VALE DE JOSAFÁ – Santino Gomes de Matos

  • Maria Isabel Gomes de Matos
  • 13 de out. de 2022
  • 1 min de leitura

Atualizado: 25 de jan. de 2024

Os horizontes deixaram de ter uma significação no meu Destino.

Já não aguardo as manhãs e as tardes

com um pressentimento de chegada.

Emudeceu o "vem-vem" que cantava na minha alma,

anunciando a vinda de uma felicidade grande,

para a realização do meu sonho.

E as horas caem dentro da minha vida

como as folhas secas de uma árvore de verão

na debandada boêmia das cousas soltas,

que circulam livremente,

sem pagar dízimos de importância.

Os meus olhos aprofundam atitudes interiores.

Estou voltado para mim.

Para a limitação da minha personalidade e dos meus desejos,

que não couberam dentro das quatro dimensões.

Rolei de um pedestal de milhares de metros de altura.

E os ecos da minha queda enorme,

com certeza, repercutirão no vale imenso e assombroso

que será o estuário de todos os Destinos,

de todas as vitórias,

de todas as decepções.


Do livro Vozes Íntimas

©2023 – Todos os direitos reservados. Permitida a divulgação, desde que citada a autoria.



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